Pois bem...

Sei que haverá quem me ache um chato, quem fique bravo comigo, mas, uma coisa eu sei: haverá quem me dê parabéns.

O fato é que, os motoristas por aplicativos vêm sendo explorados e desvalorizados pelas empresas de transportes por aplicativos, desde quando a Uber chegou no Brasil.

Com uma falsa nominação de "motorista parceiro", as empresas nunca consideraram os motoristas um paceiro. São inúmeras razões que deixam claro isso.

O motoristas pode deixar o aplicativos desligado o tempo que quiser.

Quando ligado, o motorista precisa estar em condições de aceitar as viagens. 

São enviadas viagens, que parecem uma brincadeira de mal gosto, e o motorista "não é obrigado a aceitar", porém, a pontuação de aceitação cai e o motorista começa a ter poucas chamadas. ou seja: quanto mais corridas aceitar mais chances de não ficar parado. Até ai tudo bem. Se as corridas de R$5,00 não dessem prejuízo ao motorista. Quando a gasolina em Santa Catarina chegou a R$8,00 o litro, o motorista fazia a viagem de graça e ainda pagava para levar o passageiro.

Chegou o momento de por ordem na casa. Ai veio a proposta do Presidente Lula em regulamentar a situação. Um grupo formado por motoristas, entregadores, representantes do governo e das empresas passaram meses na discussão. Uma guerra de corda, e  cada qual puxava para seu lado. Os prestadores de serviço brigando por valores justos. As empresas defendendo o bolso. E o governo, bem, esse enquanto isso tudo acontecia, dava milho aos pombos.

Fim do jogo. Empate para ambos os lados. Mas será que houve empate? As empresas seguraram o jogo, pois sabiam do cansaço e a possibilidade de o projeto ir para o Congresso Nacional. No Congresso Nacional ficaria mais fácil "convencer" ($) os parlamentares a aprovarem aquilo que interessasse as empresas.

No nosso pais quem manda é o Congressso  Nacional. Se o presidente vetar, o Congresso Nacional derruba o veto e promulga.

Então, os motoristas estão na mão das empresas. E não espere coisa boa.